18 de jun. de 2012

Impulsos, Freud e algo mais



Alguns amigos não sabem o quanto são importantes. Talvez eu também não saiba o quão importante eu sou pra alguns deles.
Tenho muitos amigos e milhares de conhecidos. Não sou um cara ‘fácil’ e tenho plena consciência disso. Sou engraçado do meu modo, faço piada de quase tudo e sei que isso irrita tanto quanto diverte. Sou dramático com coisas tão toscas que constantemente meu mau-humor provém de estar com raiva de mim mesmo por me importar com bobagens. Enfim, é a minha maneira de ser.

Tento sempre respeitar a todos, ofereço ajuda quando julgo necessário, corro atrás e faço o possível e o impossível pra agradar e isso inclui, muitas vezes, fazer coisas só ‘na parceria’, porque isso é ser amigo, não? (isso não foi uma reclamação!)
Então, esse post é pra confessar que estou com dificuldade de encontrar amigos que, como eu, se importam com os outros. Isso é um #mimimi dos grandes, então, se não gostar, pode parar por aqui.
Essa diversidade entre estilos dos meus amigos é boa, acredito, porque consigo visualizar facilmente como eles conseguem ser tão parecidos em qualidades e defeitos.

Não existe amigo perfeito, tampouco me julgo ser. Tenho muitos segredos e meus amigos próximos sabem disso, respeitam e em momento algum julgam/julgaram as minhas atitudes do passado e o rumo que eu tomo na vida. Isso também, uma qualidade das grandes.
O que eu reclamo é a falta de comprometimento. A falta de pensar no outro. Sabe aquela velha historia de que ser amigo é pras horas boas e ruins? Então, é aí que me refiro. Sinto falta disso, de saber que se algo der errado, os amigos irão me apoiar.
Estou num momento da minha vida em que tenho colocado muita coisa na balança pra ver se vale a pena seguir em frente ou não. Relacionamentos confusos (coitado de quem ouve sobre...), a faculdade tão animada quanto um velório, o tédio que anda consumindo muitas horas do meu dia, mas falta vontade de fazer. Falta tesão.
Tento ocupar todo o tempo possível pra fazer coisas que eu possa tirar algum aprendizado pra não pensar besteiras, mas tá complicado e isso, com certeza, tem contribuição dos amigos.
Ma Beto, porque tu não pega a bike e vai andar, faz uma academia, lê um livro? FALTA DE VONTADE!

Todo mundo tem um instinto para escapar do perigo e preservar a sua vida. Se os homens, por vezes, põem em risco ou mesmo sacrificam suas vidas, isto é porque o propósito consciente, representado pela devoção a alguma causa (família) ou objetivo (proteger um bem), substitui o instinto de autopreservação. No entanto, Freud diz que o homem tem também um impulso oposto, o desejo de morrer, uma atração para longe da vida, em direção à morte. Na maioria dos casos isso permanece dormente no subconsciente, mas pode levar um homem à atividade destrutiva, inexplicável pela lógica, prejudicial para si mesmo ou aos outros. Ou pode dar origem a estados de espírito de mórbida melancolia.

Não me sinto bem a um bom tempo. Não me sinto feliz (certo amigo vai dizer que felicidade não é um estado de espírito, mas sim, um momento bom...De fato, não me entra na cabeça uma pessoa que esteja plenamente feliz em todo segundo de sua vida)  e não sei por onde caminhar pra poder mudar essa situação.

"A felicidade é estar de bem com você e com o meio que o cerca, na liberação de suas preocupações, em se concentrar nos problemas que você possa resolver e de entregar os que não pode, responsavelmente, ao tempo." – Nem sempre.

Não me venham dizer que eu estou reclamando de barriga cheia, pois o problema é meu. Eu estou passando por isso, eu que estou triste com as pessoas e a falta de comprometimento delas com tudo. Do mais simples ao mais complexo (principalmente).
Aproveito o post pra dizer que não vou tirar minha vida, fiquem tranqüilos...rs
O que me resta, além de escrever aqui?  - Esperar. Esperar que as coisas mudem, as pessoas caiam na real e que tudo pode melhorar.

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