30 de ago. de 2013

Reunião de parágrafos


Percebendo um pouco sobre a minha vida, pude notar que sou melhor escrevendo do que falando. Talvez seja porque eu digo tudo o que eu quero nas entrelinhas de um texto. Não me enrolo tanto e consigo ser mais objetivo do que tentando explicar a quem talvez nunca entenda o quão simples é a mensagem que quero passar.
Não sei se escrevo bem ou mal, mas tento ser, no mínimo, coerente. Porque pior do que ser demagogo nas páginas de um blog, é ser o que não se escreve. Ser o que não é. Fazer o contrário daquilo que prega, que fala, que influencia. Eu tenho minhas manias e segredos, mas dentro da minha cabeça, tudo está muito bem esclarecido.
Todas as vezes que eu precisei chorar, eu escrevi. Muito do que está aqui é reflexo de angústias, vivências boas e, na maioria das vezes, ruins. Sempre tive essa relação íntima com aquilo que eu escrevo, mesmo não mostrando a ninguém… talvez seja vergonha, talvez seja tanta coisa.
O bom seria se a gente guiasse a nossa vida escrevendo cada dia como se fossem capítulos inteiros de grandes e bons livros. Deixar de ser vítima e nos tornarmos autores de nossa própria história. Mas isso não é a vida.
Vida é mais profundo que uma reunião de parágrafos longos e gramáticas perfeitas. Porque o texto pode ser perfeito, a nossa vida não. Somos sempre cheio de nuances, cheio de outros enredos, histórias paralelas… não conseguimos manter uma linha de raciocínio ímpar o tempo todo. E, por mais que existam outros protagonistas e coadjuvantes, a nossa vida não é um best-seller. Talvez até seja, mas tá mais pra um terror à la Stephen King.
Talvez eu esteja falando um monte de baboseira e você já tenha perdido o interesse em ler isso aqui tudo.
Ou, então, acha que a vida dos outros é mais interessante e mais feliz que a sua, afinal o facebook bomba dia e noite.
Talvez você ainda não tenha vencido a batalha contra você mesmo, todas as vezes que se vê no espelho. Eu não venci e suspeito que nunca vou conseguir.
Seu dinheiro é escasso. Você nunca deu certo com alguém que gosta, porque você é complicado demais e você acaba fazendo de tudo para perder quem te quer bem. Seu trabalho não é dos piores, mas ainda falta algo. E você nem sabe o que, exatamente.. Amigos: onde? Sei lá, tanta coisa…
Na verdade, me procuro e tento me achar entre um ponto final e outro, terminando e começando novas histórias. Aqui e na minha caminhada pra algum lugar que espero que seja bom. Ruim é escrever e não se encontrar.
Vamos vivendo e tentando fazer um best-seller. Bora comigo?


Nenhum comentário:

Postar um comentário