Falar
sobre amor é complexo porque existem muitas formas, intensidades e nuances
deste sentimento que, por mais puro que seja, não tem como ser medido ou
qualificado. Amores de mãe pelo filho, de filho para com os pais, de homem e
mulher, pelo animal de estimação ou amor de amigos são os que eu considero mais
importantes e o motivo de todas as guerras ou grandes evoluções que tivemos até
hoje.
Ama-se
os defeitos. Por mais que se diga que quando gostamos não enxergamos nada além
de qualidade, eu discordo. Gosta-se pelas qualidades e ama-se pelos defeitos.
Não digo que uma pessoa quando está apaixonada não vê os defeitos do outro, ou
até que os vê com qualidades. O fato é que se gosta tanto, que tudo que nos
desagrada vira mero empecilho, algo sem significância. Também não acho que está
faltando amor no mundo. Acredito que o que falta é atitude e coragem. Dizer “eu
te amo” é fácil, mas a pureza destas palavras nem sempre são reais e se não for
sincero, melhor ficar calado.
O
real amor é independente do tempo em que se vive. As formas de se declarar
mudaram e irão mudar sempre. Talvez antigamente existisse mais romantismo ou
mesmo responsabilidade em tudo que se dizia, talvez pelos pudores de épocas em
que demonstrar era algo feito com menos freqüência e por isso mesmo, mais
valorizado. Era um tempo de economia de palavras, mas ações que demonstrava o
quanto se gostava da outra pessoa.
Não
se ama de um dia para o outro. Acontece aos poucos, não é mecânico nem tão “frio”
como define a Wikipédia:
É nível ou grau de responsabilidade,
utilidade e prazer com que lidamos com as coisas e pessoas que conhecemos.
Amor é doce, é bom, quase um sentimento de paz. Amar não dói e não machuca,
mesmo quando não correspondido. Se for puro, a felicidade do outro, mesmo não
sendo junto a nós, é suficiente.
Para
mim o amor é algo que estamos sempre tentando descobrir o significado, um
sentimento que não tem definição, apenas existe.
Texto produzido para a disciplina de Leitura e Produção de Textos III do curso de Publicidade e Propaganda da UNISC, com o professor Elenor Schneider.

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