1 de nov. de 2013

A tal da sexta-feira


Sexta-feira é o dia da expectativa. O dia em que precisamos ser felizes, nos esbaldar em uma festa qualquer, onde a gente vai encontrar o amor das nossas vidas, fazer novos amigos e conhecer pessoas bacanas.

É o dia em que se fecha a porta do trabalho, o dia em que passamos tentando definir uma promessa de felicidade, uma fuga da realidade. Uma desculpa para não lidar com um problema de verdade.

Sexta-feira é um bar com amigos, uma viagem rápida, uma sessão de cinema, um show do caralho ou uma roda de baralho. Sexta-feira é ilusão, é quando a gente abre o coração e opta pela celebração da alienação. Sexta-feira é tudo. É sonho. É contagem regressiva.

Até que passam as horas, a felicidade prometida não dá as caras, o sonho acaba e o amor não se declara. Aí o dia clareia lá fora e é tempo de ir embora. Não foi dessa vez. Na próxima, talvez.
A gente não aprende nunca.

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